"Parte-se com a mala cheia de saudades do que há-de vir com uma vontade imensa de chegar ao destino.
Parte-se numa viagem pequena mas eterna tal é o desejo de rever tudo e todos: os lugares, as paisagens, as pessoas, os amigos, de ver o azul e o verde, de ver os olhos que o iluminam.
De chegar, ficar e ser azul
Quando se chega tudo está igual mas parece sempre mais bonito, mais azul. Revêem-se os lugares e as pessoas, matam-se as saudades e rapidamente se esquece tudo o resto, vivendo o presente e saboreando cada momento o mais que se pode.
São os dias na praia com o sol e os amigos, com a beleza do mar, são os retornos crepusculares da praia e a noite convivendo com os amigos e saboreando a frequente estrela cadente.
E é isto que é tão bom e especial?
É isto e muito mais!!
É a ilusão de um grupo de amigos com a ilha que em tudo para lhes dar. Um grupo de pessoas, aparentemente, com pouco ou nada em comum, mas que no fim, nesta ilha azul, se unem e divertem, pois sabem aproveitar o que ela tem de melhor para lhes dar.
Que mais se pode dizer?
Num cenário azul e verde, onde mantas de Hortênsias cobrem a terra, o Pico beija o céu e o mar, ora calmo ora enraivecido, estende-se para além do que os nossos olhos conseguem ver, há alguém que sabe o valor do que o rodeia e faz por merecer, não se cansando de olhar à sua volta admirando cada pormenor que vê, cheira ou sente.
Pode ter nascido em qualquer parte do mundo, viver ainda mais longe mas se gostar desta terra e souber aprecia-la seja de que maneira for então esse alguém é filho da ilha azul.
Então é azul!!"
Ao caminhar pela marina do Faial (uma das 9 ilhas dos Açores) encontrei estas palavras pintadas no chão.
Na altura não percebi o que queriam dizer apenas sabia que as tinha de guardar de algum modo.
Escrevi-as rapidamente num pequeno caderno que trazia na mochila e ali ficaram. Guardadas sem saber que um dia iriam fazer (muito) sentido.
Uns tempos depois e já de volta ao continente pego no tal caderno e volto a lembrar-me do que lá estava escrito e acabo por perceber o que na altura não tinha percebido
"Depois de uma viagem, não importa o local de onde se veio nem o local para onde se vai de seguida, sabe sempre bem encontrar caras e pessoas conhecidas e visitar locais também conhecidos que, de uma maneira ou de outra, são o nosso porto de abrigo e com os quais podemos sempre contar."
quinta-feira, 3 de julho de 2008
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3 comentários:
MArcia de Las Castanholas... aqui estou eu para deixar o teu primeiro comentário. Espero que escrevas muitos posts giros para nós lermos. Prometo assiduidade! ihihihihi Beijiiiiinhos grandes
Vou tentar escrever sempre que possível.
Posts giros e engraçados eu não prometo porque sendo este blog de quem é não me parece possível. Mas é uma coisa a tentar
Tenta sim!! que estaremos cá pra ler. Não podes eh deixar de o fazer, acabas de assinar um contrato com o blog... cumpre-o :p
O último texto... ja tinha lido um idêntico e não posso dar mais razão, gosto de ir... mas voltar tem sempre um sabor especial. Voltar ao nosso porto de abrigo!
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