quarta-feira, 28 de outubro de 2009

NOTA

Tenho de aprender a escrever textos mais pequenos.

Eu sei que parece estúpido mas quando começo a escrever às vezes fico entusiasmada e quando termino tenho páginas e páginas escritas mas sem conteudo nenhum...

Eu prometo (não sei se vou conseguir) tentar escrever textos mais pequenos para as pessoas que lerem não adormecerem a meio de tão seca que eles são.

Avós

Lembrei-me de escrever este post à uns meses atrás na sala de reuniões da empresa onde trabalhava (HOME INSTEAD Senior Care Maia).

Sendo uma empresa vocacionada para o apoio domiciliário (cuidados não médicos a idosos e dependentes) ouvia muitas histórias de e acerca de pessoas idosas que, seja por doença ou outro motivo qualquer, precisam de alguém que lhes faça companhia durante o dia ou mesmo durante a noite quando os familiares não podem.

Todas essas histórias faziam-me muitas vezes lembrar de duas pessoas que me marcaram muito, apesar de não saberem e de já não lhes poder dizer, tanto pelo modo como viveram as suas vidas como por tudo aquilo que me ensinaram: os meus avós maternos.

Não fizeram comigo muitas das coisas que, normalmente, os avós fazem pelos netos (tratar deles quando são bebés, ir buscar-los à escola quando andam na primária, e muitas outras coisas) simplesmente porque não foi preciso, porque se fosse, de certeza que eles o fariam mesmo que, para isso tivessem de fazer um esforço suplementar.
Mas não é por não terem feito isso que eu deixo de gostar e de me lembrar de deles sempre que me sinto em baixo e preciso de uma força para me animar. Porque mesmo com os vossos problemas vocês não deixavam de tentar ajudar.

Sinto saudades das tardes de Sábado que passavamos em vossa casa: o meu pai na garagem com o avô, a minha mãe a ajudar a avó, e nós (eu, os meus irmãos e alguns primos) a fazermos as asneiras (ou não) próprias da nossa idade. Recordo também os vossos sorrisos de felicidade, quando chegavamos. Quando passo agora naquela casa não posso deixar de sentir um misto de tristeza e saudade porque, apesar de ter sido reconstruida, está abandonada sem ninguém a habitar e isso realmente faz-me muita pena por todas as memórias especiais (boas e más (que também as há)) que tenho daquele sitio. E tenho pena que a tenham abandonado por razões puramente egoístas de algumas pessoas.

Também sinto saudades daquilo a que, na altura, chamavamos tortura, pois passavamos horas e horas dentro do carro à espera que vocês fizessem as vossas compras na feira da Apúlia. Pelo menos uma vez por mês era esse o nosso programa para a tarde de Domingo.

Uma coisa que eu não fiz muitas vezes foi ir de férias com vocês. Todos os anos ia a familia toda para uma casa que alugavam na Apúlia (não era sempre a mesma casa o sitio é que era sempre o mesmo). Era pior do que os "ajuntamentos" de sabádo. Mas eram sempre momentos bem passados mesmo para aquelas pessoas que, como eu, só lá iam de visita.
A única vez que me lembro de ter passado com eles mais de um dia de férias foi o último ano que alugaram a casa da Apúlia... Mas se havia de correr mal foi nesse ano. A minha prima caiu do muro e aleijou-se um dos meus irmãos foi mordido por um bicho e ficou com o olho do tamanho de 2 a minha prima chateou-se comigo não sei bem porquê... Mas tudo isso passou e agora só nos restam as recordar com saudades os velhos tempos passados naquela pequena terra de pescadores.

Avô:
Lembro-me perfeitamente do momento em que recebi a noticia de que tinhas partido e não pude deixar de chorar não só por ti mas pela minha mãe que via em ti um porto de abrigo a que ela podia recorrer sempre que precisava.
Sei que ela sente a tua falta assim como o meu pai, com o qual tinhas uma relação como eu nunca vi entre um genro e um sogro. Sempre que era preciso tanto tu como ele estavam disponíveis para se ajudar mutuamente. Eras como o pai que ele perdeu novo.
Depois de teres partido nunca mais joguei dominó com a mesma vontade que jogava contigo nas tardes de natal. Apesar de achar chato tu e o meu pai demorarem muito a fazer as vossas jogadas eu adorava ficar a tentar perceber como é que vocês jogavam e conseguiam ganhar a maior parte das vezes.

Avó
Foi por pouco que não passaste a barreira dos 100 anos mas no meu coração a tua memória continua viva e os teus anos a contar.
Tenho pena de não ter estado mais presente nos teus ultimos dias.
Talvez por cobardia ou por medo não quis ir ver-te mais vezes quando realmente precisavas de uma companhia ou de uma pessoa que te desse a mão sem esperar receber algo em troca.
Que saudades dos teus cozinhados!!!!! Já muitas vezes tentaram reproduzi-los mas sem sucesso porque nada sabe melhor do que aquela comida saborosa que só tu sabias fazer.

A minha mãe ainda conta histórias de quando era pequena e do grande esforço que tiveram de fazer para sobreviver à pobreza que se fazia sentir naquele tempo. Eu não posso deixar de sorrir, porque algumas coisas “nem ao Diabo lembra“, e de reparar que os tempo mudaram bastante e muito rapidamente.

Mas são coisas da vida e de certo que isso ajudou tanto a minha mãe como os meus tios a serem as pessoas que são hoje.

Para mim estarão sempre na minha memória e eu nunca os hei-de esquecer.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Filmes / Músicas / Livros preferidos... Esqueçam

Detesto quando me perguntam qual é o meu filme/música preferido(a) porque única e simplesmente não consigo escolher...
São tantos os filmes (que nem sempre são algo que valha a pena e nem sempre ) de que me lembro e de que gostei (ou não) por alguma razão (válida ou não) e musicas que tem algum significado (pelo menos para mim) que é muito difícil realizar essa escolha...

Quando me perguntam qual é o meu filme preferido o que me vem imediatamente à cabeça é

O clube dos poetas Mortos - Peter Weir

Não sei porquê mas foi um filme que me marcou e que eu adoro... É um filme que não me canso de ver apesar de já saber como é que acaba e , também, não deixo de me emocionar com o fim.

Mas o que fica realmente na memória é uma pequena frase que, para além de nunca mais a ter esquecido, tento usar como lema de vida - apesar de às vezes ser um pouco difícil - "Carpe Diem". Como não sabemos o que a vida nos guardou para o futuro mais vale aproveitar todos os momentos da melhor maneira porque deste modo não temos motivos para mais tarde nos arrependermos.



Outro filme que eu sempre gostei desde a primeira vez que vi é

The Nightmare before Christmas - Henry Sellick




Não me lembro se vi em VHS ou na televisão mas sempre achei piada à história do filme e à relação entre as personagens. Já para não falar da qualidade do próprio filme que, sendo feito em stop motion, deve ter dado muito trabalho a realizar.
A única coisa que eu não gosto no filme é a parte inicial que, não sendo assustadora, chega para por os pelos dos braços em pé. É certo que a música também ajuda.


Para além destes dois lembro-me de muitos mais que por uma outra razão me ficaram na memória mas estes dois estão realmente no topo da lista.

NOTA 1:
Não consigo escolher um filme pelo seu realizador, actores e muito menos pelas criticas que tiveram nos jornais ou nas revistas da especialidade. Às vezes sabe bem ir ao cinema e ver um filme só por ver em que não se tem de pensar muito para descobrir o significado oculto do filme. Às vezes dá barraca mas a maior parte das vezes uma pessoa passa um bom bocado.
Acho que cada um tem direito à sua opinião que é tão válida como de qualquer um dos críticos que escreve para essas revistas ou jornais daí não gostar de ler as criticas de um filme antes de o ver. Gosto de ir ao cinema com as expectativas em baixa porque deste modo não me desiludo.
Descobri à pouco tempo o prazer de ir ao cinema sozinha. É tão bom estar na sala do cinema sem ninguém conhecido ao nosso lado a desfrutar de um filme que nós escolhemos simplesmente porque queríamos e tínhamos a certeza que ainda ninguém tinha visto. Apesar de também gostar muito de ir ao cinema com os meus amigos é diferente...



Relativamente à música também é dificil escolher uma vez que o meu gosto musical vai desde musica classica até rock&roll.

A seguir vou falar de algumas que tenho andado a ouvir de a uns tempos para cá.




Esta é uma das minhas músicas preferidas do momento não pela letra da canção mas simplesmente porque é uma música que, como tantas outras me faz, não sei, sentir bem.

Descobri esta música por acaso num anúncio de uma série que por acaso também gosto muito mas demorei muito tempo a descobrir quem é que cantava e isso aconteceu por acaso quando estava a curtir o mais recente CD do Jason Mraz

E também porque ao ver o videoclip me lembro de uma fase feliz da minha vida que, apesar de ter estado longe das pessoas de quem mais gosto, me proporcionou uma aprendizagem muito grande acerca da pessoa a que chamo MÁRCIA. Já para não falar das amizades que fiz nesse período que, por incrível que pareça se mantêm até hoje...

Outra música que também descobri por acaso e que também gosto muito é:



Esta deu na rádio durante muito tempo e eu só passado uns valentes dias é que descobri o nome da música e quem é que cantava. Mas isto também se deve à minha memória de caca que não conseguia decorar nem uma coisa em outra durante muito tempo. Mas agora está tudo resolvido.


Se me perguntarem qual é o meu livro preferido de todos os que li até hoje (obrigada pelo programa escolar ou não) é bem mais fácil de responder...

HUGH LAURIE - O traficante de armas

É um livro com uma história simples mas que nos leva a querer continuar a ler para chegarmos ao fim e saber como é que acaba. É certo que já me aconteceu isso com outros livros que tenho lido nos ultimos tempos mas com este não sei... Não tive vontade de ler o fim antes do meio (sim eu tenho esse hábito muito estúpido mas não deixo de ler o livro se o fim não for do meu agrado)...